terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Comitiva Republicana de Paz no Caraguatá

Março de 1914, Elias de Moraes, comandante interino de Caraguatá convoca uma reunião com os demais líderes, decidem ouvir a comitiva do Deputado Federal, envia Venuto e Chica Pelega buscá-los na intendência de Perdiz Grande.
O Deputado Federal informa que trazia uma proposta do Presidente Hermes, onde pede que todos voltem pacificamente para as suas casas, oferecendo terras para trabalharem e criarem os seus filhos em paz. No prazo de seis meses, o Presidente Hermes entregaria as terras juntamente com o título de posse.
Elias responde ao deputado que confiava na palavra de qualquer um membro da irmandade, menos na palavra de um Presidente Republicano que tinha ordenado aos soldados que destruíssem e matassem centenas de pessoas no Arraial de Taquaruçú. Não podia confiar no maldito Hermes, porque ele daria as terras num dia e as tomaria no outro. Confiava muito menos, no Coronel Felippe de Santa Catarina e de Carlos Cavalcanti do Paraná, menos ainda nos coronéis das províncias. Preferiria confiar numa cobra peçonhenta ao invés de confiar em todos eles.
O deputado implora para depor as armas, pois tinha muitos velhos, mulheres e crianças no reduto. Elias responde que os soldados que morriam no Caraguatá também tinham. Em seguida, Elias encerra a reunião, ordenando que Venuto e Chica Pelega levassem-os novamente até a vila de Perdiz Grande.
A comitiva do Deputado Federal retorna decepcionada à vila, pois tinham esperança em convencê-los a deporem as armas. A teia da realidade republicana começava a tecer a armadilha, onde jogaria por dezenas de anos na mentira, intitulando-os como os jagunços do sertão.

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