Outubro de 1912, o Coronel Domingos Soares, decide mandar um mensageiro até Curitiba, informar o doutor Afonso Alves de Camargo - o advogado do Diabo e governador do Paraná - Carlos Cavalcânti, que uns fanáticos catarinenses tinham invadido os campos do Irani, pedindo uma solução imediata para o problema, antes que surgissem outros e os expulsassem de suas terras.
Meados de 1912, o ministro André Cavalcânti determina ao juiz federal do Paraná, Joaquim B. Costa Carvalho, intimar os governantes dos dois estados na demarcação de seus limites. O juiz acaba desconhecendo o pedido por ser inconstitucional e ser parente do atual governador do Paraná.
O governador Carlos e o doutor Afonso convocam uma reunião com os parlamentares e seus secretários, expõem o problema delicado e todos foram unânimes na decisão, enviariam uma tropa de soldados para expulsar os marginalizados invasores catarinenses.
O Bispo da catedral de Curitiba reza uma missa em proteção do Coronel João Gualberto e a tropa de segurança do Paraná. O secretário de segurança ordena ao Coronel levar sessenta soldados de seu regimento, três carroças de munição, uma metralhadora Krupp e onze cavaleiros com lanças, todos muito bem montados. Deveriam reunir-se no caminho com a tropa do tenente Busse, que tinha duzentos e vinte soldados sob o seu comando.
O governador do Paraná faz um longo discurso, desejando para todos os militares um feliz retorno e os demais parlamentares também fazem o seu teatro político padrão. O Coronel ordena a tropa embarcar nos vagões de passageiros da locomotiva, gentilmente fornecido pelo grupo Farquhar. O que eles não imaginavam que, muitos não retornariam às suas famílias, manchando a imagem do poder republicano no estado, intitulando-os como os principais causadores da guerra do contestado, da mentira republicana, dos miseráveis e da injustiça social.
Assim que as duas tropas se fundiram, próximos à região de Horizonte, o Tenente decide guarnecer a vila de Palmas, deixando que a tropa do Coronel João Gualberto seguisse aos Campos do Irani. Estava decretado o infernal fogo no sertão contestado, que levaria os sertanejos diretos ao matadouro da república.
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