Setembro de 1912, o líder religioso José Maria e a irmandade chegam ao Irani e são recebidos com votos de boas-vindas do próprio Miguel Fragoso, que também era um líder religioso, curandeiro e benzedor. No mesmo dia os homens começam a cortar árvores e a construir os pequenos barracos do novo reduto, enquanto as mulheres preparam a comida, as crianças brincam e os velhos oram com José Maria e com as três virgens para São João Maria e São Sebastião.
No término da construção dos barracos, é feito uma festa em homenagem a São Sebastião, onde José Maria ordena cravar uma enorme cruz no centro. O líder José Maria em frente da cruz grita à irmandade: - Se o mundo durou mil anos, dois mil anos não durará! Viva São Sebastião!
A comunidade responde numa só voz: - Viva! Nos seus olhares começava a brilhar a rebeldia e o fanatismo religioso, conseqüência de um regime republicano que os obrigou a sobreviver uma vida miserável.
Os membros da irmandade julgavam que, era preferível a morte a viver sem dignidade. O que todos não sabiam era que o advogado do Diabo e o governador Carlos Cavalcânti planejariam levá-los a uma guerra, que seria impossível vencer e viriam a ser eternamente conhecidos no mundo, como os jagunços... Errantes do Século.
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