sábado, 9 de abril de 2011

Massacre na Ferrovia da Morte

Maio de 1912, inúmeras tribos indígenas da floresta amazônica aliam-se, inclusive muitas tribos rivais, tendo como objetivo principal, exterminar o seu maior predador - o homem branco. Aproximadamente quinze mil guerreiros, atacam diversos postos de serviços na construção da ferrovia, desmatamento e emigração, matando quase três mil empregados, ferindo várias centenas deles.
O acampamento central também teve ataque maciço, morrendo quinhentos empregados e deixando uma centena de desaparecidos, que serviram de comida para outros predadores selvagens. Entre os mortos e desaparecidos, estava o empresário americano Percival Farquhar, vários sócios e todos os funcionários da administração.
O filho de Percival, legítimo herdeiro de seus investimentos na nova nação republicana, diante dos mais de seis mil mortos e desaparecidos e outras centenas de feridos pelos índios selvagens, decide abandonar a construção da ferrovia Madeira Mamoré, desmatamento e emigração na floresta amazônica, findando um dos mais sangrentos capítulos da história do Brasil republicano.
Ele e os demais sócios sobreviventes concentram-se em seus outros investimentos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, e nas capitais do norte e nordeste do país, inclusive a exploração de pinheiros e imbuias em Santa Catarina e no Paraná. Os habitantes da região do contestado pagariam com as suas terras, sua dignidade, ingenuidade e até com suas vidas, o enorme prejuízo dos investidores americanos e ingleses na Madeira Mamoré.
Sem sequer imaginarem, as nações indígenas da Amazônia, estavam vingando as milhares de mortes que viriam a acontecer no sertão do contestado, em anos posteriores.

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