Novembro de 1910, o revolucionário liberal e marinheiro, João Cândido Felisberto comanda uma revolta de marinheiros negros. Reivindicando da classe dominante da marinha e do Presidente da República, o sagrado direito igualitário, recuperando o seu elo perdido e assumindo cargos em todos os altos escalões da marinha. Reivindica também que os seus filhos, netos e familiares tivessem o direito nos bancos escolares, inclusive nas universidades federais.
João Cândido no comando dos negros revoltosos realiza manobras militares notáveis na Baía da Guanabara, com os navios de guerra: 1o de Maio, Minas Gerais, São Paulo, Deodoro e Bahia, que eram consideradas construções das mais modernas da engenharia militar. O fato trouxe surpresa e certa incapacidade no alto escalão militar e no poder republicano, pois temiam que disparassem os seus canhões contra o Rio de Janeiro. A capital federal contava somente com uma minúscula defesa por terra, montada meses antes do levante dos marinheiros negros.
O poder republicano sentindo-se à mercê dos negros revoltosos promete cumprir todas as suas reivindicações, com o objetivo de assumir o comando da situação constrangedora da classe dominante. O líder João Cândido e os demais revoltosos são presos e em seguida enviados para os presídios do Rio de Janeiro, Amazonas, Minas gerais e sertões de Alagoas. Apesar dos dominantes sufocarem a revolta dos excluídos, nasce a partir desse dia, a áurea imortal de Zumbi dos Palmares e liberal de João Cândido que viria a eternizar-se até os dias de hoje, renascendo em cada ser excluído da sociedade capitalista, mercenária e preconceituosa.
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