segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Guerra do Paraguai

Novembro de 1864, o General Francisco Solano López, ditador do Paraguai, conhece uma famosa cortesã alemã num luxuoso cabaré de Paris, prometendo a ela um país para governar soberanamente. Ele resolve se apossar da região do Mato Grosso até as imediações do Rio Grande do Sul, situado em território brasileiro, com o objetivo de possuir uma rota marítima de navegação até o oceano atlântico e visando com isso trazer maior progresso à nação emergente. Ele decide apreender o navio Marquês de Olinda, que leva Francisco Carneiro de Campos, Presidente da província do Mato Grosso. O fato cria um conflito diplomático e D. Pedro II declara guerra contra o ditador paraguaio.
Março de 1865 é assinado o tratado tríplice: Francisco Otaviano de Almeida Rosa pelo Brasil, General Bartolomeu Mitre pela Argentina e o General Venâncio Flores do Uruguai, nasceu assim à força aliada, sob o comando de Mitre contra Solano López do Paraguai.
Junho de 1865, a esquadra brasileira sob o comando do Almirante Francisco Manuel Barroso, barão do Amazonas, confrontam-se com a esquadra paraguaia no Riachuelo. Vencido depois de dez horas de intensos bombardeios. O marinheiro João Guilherme Greenhalgh morreu defendendo a bandeira brasileira.
Maio de 1866, as tropas aliadas sob o comando do General Manuel Luís Osório e o marquês de Herval comandam as batalhas de Laguna Serena, Confluência, Estero Bellaco e Tuiuti. Em Julho de 1866, o General Polidoro Fonseca Quintanilha Jordão substituiu o General Osório, que é obrigado a se afastar da campanha por ter sido ferido em combate. Após é substituído pelo General Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, e em 1869 veio a ser substituído por Luís Felipe Maria Fernandes Gastão de Orleans, conde D’Eu, marido de princesa Isabel, que permaneceu até o final da guerra.
De fevereiro de 1868 em diante, a esquadra brasileira sob o comando de visconde de Inhaúma derrotam a esquadra paraguaia em Humaitá no rio Paraguai. Prosseguem sucessivas vitórias dos aliados, confrontando-se por terra e rios: Jujucuê, Avaí, Passo da Pátria, Monte Caseros, Lomas Valentinas, Angustura, Itapiru, Corrientes, Chaco, Sauce, Curupaiti, Itororó, Humaitá, Curuzu, Boqueirão, Peribebuy, Timbó e Urquiceri.
Participaram nos inúmeros combates e batalhas navais: General Manuel Luís Osório, duque de Caxias, Almirante José Joaquim Inácio, Marechal Floriano Peixoto, Almirante Eduardo Wandenkolk, conde D’Eu, General Polidoro Fonseca Quintanilha Jordão, Almirante Francisco Manuel Barroso, Almirante Custódio José de Melo, Almirante José da Costa Azevedo, Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, General Hilário Maximiliano Antunes Gurjão, Almirante Joaquim Marques Batista de Leão, General José Antônio Correia da Câmara, Almirante Tamandaré, Almirante Luís Felipe Saldanha da Gama. Os oficiais: Joaquim José Tôrres, barão de Jaceguai, José Gomes Pinheiro Machado, visconde de Mauá, Antônio Madureira Sena, Carlos Machado Bittencourt, Emidio Dantas Barreto, Antônio Caetano de Campos e pouco mais de dois mil oficiais de várias patentes, sob o comando de quase cem mil soldados nos quase seis anos de guerra. Nessa guerra adotam um sistema preconceituoso e injusto, que deturpa qualquer direito humano e fazem acordos com os senhores de engenhos para ceder os seus escravos às forças imperiais, concedendo em troca inúmeros incentivos fiscais e a nomeação de títulos nobres e terras. Aos escravos é proposto que todos os sobreviventes teriam a garantia de serem libertos. Aos milhares de escravos mortos nas dezenas de combates violentos, restaram-lhes morrer por uma nação imperial injusta, que podou os seus direitos, centenas de anos e inúmeras gerações, devido a sua humildade, sua cor, suas crenças e sua inocência diante do capitalismo imperial selvagem.
Março de 1870, os aliados sob o comando do General José Antônio Correia da Câmara, visconde de Pelotas, derrotando Solano e seu exército em Cerro Porá. Completamente perdido e desesperado o ditador paraguaio foge, sendo alcançado e morto às margens do riacho Aquidaba. A população paraguaia é reduzida em 70% e o seu território é reduzido em 40%, dividido entre Brasil e Argentina. Em Junho de 1870, é assinado o acordo preliminar de paz com o governo provisório paraguaio.
O império brasileiro teme uma nova guerra com o Paraguai, já que se encontrava abandonado, decidindo povoá-lo com emigrantes estrangeiros, escravos libertos, gaúchos aventureiros e dezenas de soldados imperiais, protegendo assim as suas divisas.

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