sábado, 15 de janeiro de 2011

Grupo Farquhar e República dos Injustos

O Presidente e o Vice, Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto ao assumirem o governo provisório, encontraram uma nação falida e urgentemente precisavam de uma solução salvadora. Informam aos parlamentares da real situação econômica brasileira, que tinha sido completamente usurpada pelo rei de Portugal, após pelo imperador e também pelo regime de feudalismo do Brasil. Encontram somente a solução republicana, que tinha sido imposta na República dos Estados Unidos: a venda de títulos Coronelistas a peso de ouro, dando aos compradores o direito de posse do poder provinciano.
Os governantes e parlamentares republicanos arrecadam milhares de contos de réis nessa venda degradante que no fundo ainda continuava sendo o mesmo regime feudalista, somente foram mudando as palavras. Nesse momento da história, o povo brasileiro vive o seu verdadeiro martírio nas mãos de seres cruéis e vingativos que tinham ambições desmedidas, vaidade e egoísmo numa visão infinita.
Dezembro de 1894, os coronéis mais ambiciosos mandam os seus piquetes de vaqueanos expulsarem os caboclos assentados nos limites de quinze quilômetros em ambos os lados da ferrovia em construção e assim garantindo uma ótima bonificação do grupo Farquhar. Em Curitiba, o governador Carlos Cavalcânti, seguido por Afonso Alves de Camargo também prestava serviços jurídicos aos interesses do grupo. Eles e os sócios do grupo Farquhar convocam uma reunião com os coronéis das províncias mais importantes nos limites da ferrovia. Eles oferecem centenas de contos de réis para desapropriá-los da área contestada e assim acelerando a construção e a emigração.
Os governadores Carlos, Afonso e o empresário americano Percival Farquhar avisam que já estavam quase no meio do Paraná, e como era uma região de alto risco, solicitavam seus prestigiosos auxílios. Informam também que, estavam enviando materiais e equipamentos para o Rio Grande do Sul, onde iniciariam outra frente de serviço que viria em direção ao centro de Santa Catarina. Enquanto isso, a outra frente de serviço continuaria no Paraná em direção ao centro de Santa Catarina, porque estavam programando o término do serviço entre 1906 ou 1909, com a construção da ferrovia e a sua total emigração. As fagulhas do inferno subiam ao vento do destino, vindo a explodir a “Guerra do Século”.

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