Abril de 1902, o governador do Paraná, Américo Lobo, envia fiscais de tributos e a guarda estadual para cobrarem impostos de pequenos fazendeiros, de produtores de ervas e dos comerciantes na área contestada, impondo aos que não pagassem ter os seus bens apreendidos no valor da dívida. Aqueles que não pagavam muitas vezes eram presos e eram apreendidos bens maiores do que a própria dívida.
O governador dá ordens exclusivas aos fiscais e à guarda estadual para cobrar os impostos da pequena fábrica de bebidas gasosas de Paulino Pereira, que soube por meios do Coronel Fabrício Vieira, que era um fervoroso simpatizante declarado da monarquia e poderiam até usar a violência, visando acalmar o seu ânimo rebelde. Quase em todas as vilas na área contestada, é usada a força física e o abuso de poder, criando um ódio intenso entre os caboclos pelo governador corrupto.
Em decorrência do descaso dos governos catarinense, paranaense e da República, na determinação de limites entre os dois estados, estávamos diante de constantes roubos à luz do dia e de marginais, protegidos pelo poder legalista em uma terra de ninguém.
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