Janeiro de 1903, Percival e os sócios do grupo Farquhar, enviam inúmeros pistoleiros americanos para área de risco, com a finalidade de expulsar os caboclos que habitavam as terras da república. Os chefes dos grupos de pistoleiros poderiam contratar mais pessoas para intimidar os teimosos. Ao verem a dificuldade na missão, contratam centenas de vaqueanos para o serviço.
A partir desse momento, acende-se o cordel que explodiria o conflito do século. Os bandos de pistoleiros e os vaqueanos chegavam às terras da concessão, mostravam um papel, dizendo que o grupo Farquhar tinha comprado do governo republicano brasileiro, informando que as pessoas teriam de sair imediatamente das terras e usariam da violência se fosse necessário.
O grupo contratado para intimidar os caboclos, demonstrando que não estavam para brincadeira, queima diversas casas na área de concessão, chegando até a matar muitos caboclos que insistiam em ficar. As notícias dessas injustiças no sertão contestado chegam ao Rio de Janeiro, mas praticamente quase todos os parlamentares estavam envolvidos de uma forma ou outra com o problema, porque o grupo tinha comprado suas consciências e assim, nada fazem para sanar o problema.
Os caboclos não tinham mais a quem recorrer. O governo republicano deixou-os na miséria e o grupo Farquhar tentava tirar o pouco de dignidade que ainda possuíam, forçando-os a procurar os seus parentes em diversas vilas. O clima de revolta que se instalou em suas mentes alimentaria ainda mais o movimento da chamada “Guerra do Século”.
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