Julho de 1895 chega outro navio cargueiro do grupo Farquhar no porto da cidade de Santos, trazendo centenas de emigrantes europeus. Emigrantes de diversas nacionalidades tentam se entender com os diversos idiomas e contendo em seus olhares muita esperança. À primeira vista, existia um entusiasmo contagiante em suas vozes ao contarem os seus planos futuros.
Os imigrantes sequer imaginavam que uma vida de sofrimentos diários estava à sua espera, diante da compra de posse naquela transação com jeito do mais puro estelionato. Os emigrantes entram nos vagões de passageiros da locomotiva que os levaria até as suas propriedades. Quando os mesmos se vêem diante da dura e cruel realidade, os seus sonhos se transformam em pesadelos intermináveis e que os atormentariam por várias décadas futuras. As milhares de famílias de imigrantes que não tinham condições financeiras para adquirir os títulos de terras, obrigavam-se a trabalhar na colheita de café e nas poucas indústrias de grandes fazendeiros.
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