Janeiro de 1890 inicia-se o desmatamento, limpeza e o corte de árvores nobres na área de concessão. O grupo Farquhar constrói diversas serrarias ao longo do caminho, fabrica milhares de pranchas, que seriam usados na linha ferroviária e para exportações de madeiras nobres para os Estados Unidos e Europa, usando a ferrovia construída, até o porto da cidade paulista de Santos.
A mão-de-obra braçal era formada por ex-prisioneiros, ou excluídos da República. As frentes funcionavam em dois turnos diários, para a enorme demanda de pranchas e exportações de madeiras nobres. A mão-de-obra escrava era sempre vigiada de perto por guardas e vaqueanos, que o grupo trouxe junto dos Estados Unidos ou contratou na região paulista. Nos trinta quilômetros de concessão, foram também construídas linhas férreas de trabalho para o transporte de toras até a linha central que seguiam numa locomotiva com centenas de vagões até as serrarias e em seguida eram levadas até o porto da cidade de Santos e posteriormente para o exterior.
O marinheiro Benevenuto Alves de Lima - Venuto Baiano, membro da Revolta da Chibata e Joaquim Germano - peão e bandoleiro gaúcho, comanda uma revolta violenta pela liberdade. Os líderes Benevenuto, Joaquim e uns poucos sobreviventes são presos, enquanto outros são mortos e enterrados numa enorme vala no sertão paulista. O regime autoritário imposto pelo grupo Farquhar em sua concessão acende um ódio incontrolável na mão-de-obra escrava que seria detonado na futura “Guerra do Século”.
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