Novembro de 1889, os governadores Américo Lobo do Paraná e Lauro Müller de Santa Catarina, devido à inércia do Presidente Marechal Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, câmara dos deputados e o senado federal quanto à questão dos limites entre os dois estados, iniciaram um polêmico processo no Ministério da Justiça. E para complicar mais a situação, os agentes do fisco avançam as divisas pré-estabelecidas nos muitos processos em estância federal.
Os agentes do fisco do Paraná avançam para Santa Catarina e cobram impostos até as proximidades do Rio Negro e Rio Iguaçu, serras de Joinville, serras de São Bento e Rio do Peixe. Enquanto os agentes do fisco de Santa Catarina avançam o Paraná, cobram impostos nos campos de Palmas e arredores de União da Vitória. Em seguida aparecem os agentes do fisco de Santa Catarina cobrando novamente os impostos, o mesmo acontecendo no sentido contrário. Nessa tumultuada ociosidade política, os produtores de erva mate, pequenos comerciantes, fazendeiros e industriais somavam prejuízos permanentes, muitas vezes abriam falência, ou todo o seu produto era confiscado pelos agentes.
Os tropeiros do Rio Grande do Sul que levavam gado para as feiras de Sorocaba pagavam altas taxas aos agentes do fisco de Santa Catarina e do Paraná, onde deixavam uma boa parte de seu rebanho. As injustas cobranças de impostos revoltam todos os fazendeiros. Este seria o estopim que acenderia o pavio de uma futura revolução contra o governo e contra o Presidente Republicano.
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